UFSC e Epagri pesquisam macroalgas utilizadas na produção de biofertilizante

12/07/2022 10:39

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) realizaram pesquisas com macroalgas utilizadas na produção de biofertilizante – agente que não contém substâncias agrotóxicas e é capaz de atuar no cultivo de plantas, elevando sua produtividade. O estudo foi implementado em Palhoça, município da Grande Florianópolis líder na maricultura, com a espécie Kappaphycus alvarezii, que depois de processada se transforma em biofertilizante.

O trabalho começou em 2008 e aponta que o Estado tem capacidade de produzir a macroalga no litoral, sem risco ao meio ambiente e agregando valor à cadeia produtiva da maricultura. Na parceria, a UFSC desenvolve metodologias de cultivo da Kappaphycus alvarezii, estuda a cadeia produtiva do ponto de vista socioeconômico e ambiental, além de viabilizar os cultivos em tanques para manter as linhagens no inverno e participar das negociações de licenças para o início da atividade comercial em Santa Catarina. Em abril deste ano, os maricultores de Palhoça receberam autorização dos órgãos ambientais para iniciar a produção comercial do vegetal.

Essa espécie de macroalga pesquisada é uma das mais comercializadas no mundo e atende a diversos mercados, desde a indústria alimentícia, farmacêutica, cosmética, até o agronegócio. É conhecida como matéria-prima para a fabricação de carragenana, um coloide muito utilizado como espessante e estabilizante na indústria alimentícia. Em termos ambientais, o cultivo de macroalgas pode auxiliar a minimizar a eutrofização e as ocorrências das marés-vermelhas, uma vez que – assim como as microalgas – as macroalgas competem pelos nutrientes dissolvidos na água e os utilizam para seu próprio crescimento.

Posicionamento do biofertilizante no mercado

Alex Alves dos Santos, pesquisador da Epagri, explica que os estudos seguem para detalhar a composição do biofertilizante em cada estação do ano, já que a alga se desenvolve de maneira distinta em diferentes temperaturas de água. Serão analisadas os macro e micronutrientes presentes em amostras do vegetal colhidas no verão, inverno, outono e primavera. Com o resultado desta avaliação, os pesquisadores poderão definir as propriedades específicas do biofertilizante, o que vai permitir posicionar o produto no mercado. “É uma cadeia produtiva nova, que está começando a ser implantada, então, são muitos os desafios, sendo que o principal é o posicionamento do produto no agronegócio nacional”, relata Alex.

De acordo com informações da Epagri, aproximadamente 30 maricultores de Palhoça já manifestaram interesse de ingressar na produção de macroalgas. Atualmente o município, que conta com 223 fazendas marinhas, é o único do Estado que tem todos seus parques aquícolas liberados para o cultivo do vegetal. Além das vantagens econômicas, a produção também pode trazer ganhos ambientais para Palhoça, já que a macroalga absorve nutrientes da água do mar para crescer e formar grandes volumes de biomassa. Com isso, ela ajuda a combater a poluição marinha e melhorar a qualidade de água, ação importante para a sanidade aquícola dos mexilhões e das ostras, que são organismos filtradores marinhos e, portanto, dependentes de água de boa qualidade.

Para a pesquisadora UFSC Leila Hayashi, professora do Departamento de Aquicultura, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), a pesquisa foi de extrema importância para oferecer uma nova atividade na maricultura de Santa Catarina. “Vários produtores de moluscos foram prejudicados nos últimos anos por terem sido afetados pela eutrofização. As macroalgas não possuem as mesmas exigências dos moluscos e, em especial, das ostras, que são comercializadas e consumidas a fresco. Por isso, os benefícios dos cultivos de macroalgas vão além da geração de renda, mas contribuem com outros cultivos marinhos já bem estabelecidos no Estado”, afirma.

Com informações da Epagri.

 

Fonte: Site UFSC

Professora da UFSC está entre autores com maior número de publicações sobre bem-estar animal no mundo

03/12/2020 10:56

Uma pesquisa bibliométrica publicada na conceituada revista Animals identificou a professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Maria José Hötzel, pesquisadora nível 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre os autores com o maior número de publicações sobre bem-estar animal no mundo. A UFSC também figurou como uma das instituições que mais têm publicado na área, e o CNPq e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foram destaques no fomento à pesquisa.

Fruto de uma parceria entre a Universidade de Queensland (Austrália) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o levantamento teve como autores Clive Phillips e Carla Molento. A pesquisa bibliométrica examinou a produção de publicações sobre bem-estar animal por meio do Web of Science, um dos bancos de dados mais populares do mundo. Foram consideradas publicações ocorridas entre 1990 e maio de 2020 em 22 idiomas.

“Estudamos a literatura científica sobre bem-estar animal que foi publicada em periódicos, tanto por cientistas em centros de bem-estar animal como por aqueles fora destes centros. Descobrimos que a literatura dos centros têm maior probabilidade de reconhecer o financiamento da indústria, o que parece trazer oportunidades para os respectivos cientistas conduzirem mais pesquisas em seu campo, mas também pode tornar difícil para esses cientistas defenderem melhorias no bem-estar animal se elas entrarem em conflito com os objetivos da indústria”, afirmam os autores no resumo do artigo.

Os centros de bem-estar animal são considerados grupos de pesquisa e ensino apropriados a instituições como universidades. Acredita-se que a primeira iniciativa nesse sentido tenha sido o Animal Welfare Institute dos Estados Unidos, fundado em 1951. Já o primeiro artigo de um centro universitário de bem-estar animal foi publicado em 1978, segundo os pesquisadores, pela Estação de Bem-Estar Animal da Escola Veterinária da Universidade de Budapeste.

Resultados da pesquisa

A pesquisa detectou 4.851 registros que incluíam o termo “bem-estar animal” em seus endereços. Desse total, 4.404 (91%) foi publicado em inglês, 373 em alemão, 46 em polonês, 11 em espanhol, 10 em português, 3 em húngaro, 2 em holandês e 2 em francês. Os principais autores com mais de 100 publicações eram provenientes da Austrália, Canadá e Alemanha.

A professora Maria José Hötzel aparece no levantamento na 15ª colocação, com 53 registros contabilizados. A docente integra o Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural do Centro de Ciências Agrárias da UFSC desde 2006, no entanto, iniciou como bolsista recém-doutor do CNPq e professora visitante ainda em 1997. Ela explica que o interesse pelo estudo do bem-estar animal surgiu após o doutorado, quando conheceu o professor Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho – hoje seu colega no Laboratório de Etologia Aplicada e Bem-Estar Animal, o LETA.

“Bem-estar animal é um conceito de natureza ética e está ancorado no reconhecimento de que os animais têm sentimentos, ou seja, são seres sencientes. (…) O comportamento animal é um tema fascinante; é um grande desafio desenhar e desenvolver estudos para entender como e por que ocorrem os comportamentos nas diferentes espécies animais. Estudar e discutir o aspecto ético do bem-estar animal me interessa muito, e é um tema excelente para desenvolver pensamento crítico nos estudantes”, ressaltou a professora.

Maria José destaca ainda que o assunto está em crescente discussão, tanto pelo público em geral quanto por associações e fóruns das profissões agrárias e biológicas, além do setor produtivo. “O tema vem ganhando destaque e passou a ser mais discutido em função da pandemia, que evidenciou o problema das zoonoses [doenças infecciosas que se transmitem entre animais e humanos]. Em diferentes medidas, todos esses atores sociais estão se conscientizando da enorme relevância de criar relações adequadas com os animais para evitar e controlar zoonoses”, afirmou. De acordo com a professora, para se avançar realisticamente no sentido de evitar ou minimizar problemas como zoonoses e resistência bacteriana aos antibióticos, bem como produzir alimentos para a crescente população humana, é necessário repensar os sistemas de criação dos animais.

Destaque para UFSC, CNPq e Capes

Outro ponto de destaque na pesquisa veiculada na revista Animals foi a posição da Universidade Federal de Santa Catarina entre as principais instituições com publicações na área. A UFSC figura na lista no 22º lugar, com 69 registros. Nas três primeiras colocações do ranking aparecem: University of British Columbia, do Canadá, com 524 publicações; University of Queensland, na Austrália, com 253; e University of Melbourne, na Austrália, com 250.

Para a professora Maria José Hötzel, este reconhecimento deve servir a todos como estímulo e valorização do esforço pessoal e do grupo. “No contexto da internacionalização da ciência e dos esforços da UFSC, esse reconhecimento é muito importante, pois valoriza as colaborações atuais e abre um potencial para novas parcerias”. Ela explica que sua pesquisa na área de etologia e bem-estar animal é toda desenvolvida em colaboração com os professores Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho e Denise Pereira Leme e estudantes de graduação e pós-graduação, além de alguns colaboradores internacionais. “Ou seja, esse reconhecimento é do LETA, que é o laboratório mais antigo no Brasil na área de Etologia Aplicada, e do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, que este ano fez 25 anos”, reforça.

Além dos autores e das instituições, a pesquisa apontou ainda as principais fontes de financiamento para a realização das pesquisas. Nesta categoria, o Brasil teve dois destaques entre as quatro primeiras colocações: o CNPq em segundo lugar, com 100 publicações; e a Capes, em quarto, com 66 publicações.

A docente da UFSC classifica o papel destas instituições de fomento como “fundamental”. “Hoje praticamente todo o nosso trabalho é apoiado pelo CNPq, Capes e também pela Fapesc [Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina], através de bolsas de estudantes e dos professores, financiamento à pesquisa e apoios a intercâmbios internacionais. Em todas as nossas publicações aparece esse reconhecimento pelo financiamento das bolsas e da pesquisa, o que é também importante para a projeção internacional da pesquisa feita no Brasil”, finalizou.

Maykon Oliveira/Jornalista da Agecom/UFSC

 

Fonte: Agecom

Professora da UFSC está entre autores com maior número de publicações sobre bem-estar animal no mundo

UFSC começa a distribuir computadores e paga primeiro lote de auxílio para acesso à internet

31/08/2020 12:36

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e outras pró-reitorias e secretarias da Administração Central, inicia nesta semana o pagamento de auxílios para acesso à internet para mais de 1.300 estudantes que fizeram o seu registro prévio. Os solicitantes receberão auxílio no valor de R$ 100 mensais. Um segundo lote será pago em seguida.

Além dos pedidos de auxílio para compra de pacotes de internet, as solicitações de computadores também estão sendo processadas. Até 20 de agosto, 1.377 estudantes solicitaram equipamentos. A distribuição começou na última semana para os alunos do Colégio de Aplicação da UFSC e a logística para a distribuição aos demais estudantes está sendo preparada pelos Centros de Ensino.

Estudantes que ainda não se inscreveram podem enviar sua solicitação por meio do link. Estudantes de graduação, de pós-graduação stricto sensu, e do ensino fundamental e médio do Colégio de Aplicação da UFSC podem participar do Programa.

Suelen Matos, aluna de pós-graduação em Agroecossistemas da UFSC, também retirou seu computador na manhã desta segunda-feira, no CCA. (Foto: Aline Cardozo/CCA/UFSC)

 

 

 

 

 

 

 

Empréstimo, compra e aluguel de equipamentos

A primeira fase de distribuição de equipamentos ocorrerá por meio de empréstimo. A UFSC publicou uma Portaria Normativa que regulamenta a questão. De acordo com a normativa, cabe às unidades acadêmicas e administrativas localizar os equipamentos em condições de uso para as aulas remotas, e agendar sua distribuição com os estudantes solicitantes. A Prae continuará responsável por acompanhar o cadastro de estudantes e informar, semanalmente às unidades, as demandas a serem atendidas. A Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC) fará o apoio às unidades para garantir o pleno funcionamento dos equipamentos.

As regras de empréstimo, bem como o Termo de Uso e Responsabilidade a ser assinado pelos estudantes estão disponíveis nesta Portaria conjunta, publicada pela Prae. Podem emprestar equipamentos aos estudantes os departamentos, programas de pós-graduação, coordenadorias de cursos de graduação e supervisão de laboratórios.

“É o momento de ajudar. Convidamos à parceria, para que os Centros, os departamentos, as coordenações de curso possam atender a seus próprios alunos, e também fazemos esse apelo às unidades administrativas. É um empréstimo temporário de equipamentos ociosos que já foi solicitado desde julho aos setores. É mesmo um grande mutirão, que toda a Universidade deve participar, já que em todos os Centros temos alunos necessitando”, salienta Pedro Manique.

Força-tarefa

A Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad), responsável pela Coordenadoria de Inclusão Digital (Coid), é um dos setores administrativos que irá participar da distribuição. Todos os 176 computadores da Coid já foram formatados para serem emprestados. Uma força-tarefa envolvendo a Saad, a Secretaria de Segurança Institucional (SSI), a Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), o Departamento de Compras (DCOM) da Pró-Reitoria de Administração (Proad) e a Comissão Própria do Vestibular (Coperve) possibilitou a compra e logística com caixas, plástico-bolha e sacos com fecho hermético para embalagem de computadores e cabos.

“A entrega para o Colégio de Aplicação começou na terça-feira, dia 18, com um cronograma respeitando toda a segurança sanitária necessária, elaborado pelas equipes de saúde, serviço social e direção do Colégio”, explica a secretária da Saad, Francis Tourinho.

“Estamos tendo um cuidado especial para fazer os equipamentos chegarem também aos estudantes nas comunidades remanescentes de quilombos e terras indígenas. Vamos contar com o apoio das lideranças e estudantes, além do Movimento Negro Unificado, FUNAI, INCRA, SESAI, Secretaria Estadual de Educação e Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação”, enumera a secretária. “Faremos a inclusão digital sem deixar de prover segurança sanitária para esses discentes”, salienta.

A Saad e a Prae estudam um cronograma adequado para que os computadores cheguem aos alunos em tempo hábil para que a Coid e as equipes do Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (Piape) possam oferecer cursos para capacitar os alunos nas atividades pedagógicas não presenciais.

Demanda
Confira abaixo a relação dos pedidos separados por Centro de Ensino

Número total de estudantes inscritos por programa de inclusão digital em 20/08/2020
Programa de acesso à internet 1344
Programa de empréstimo de computadores 1377
 
Inscritos por Unidade de Ensino Número total de estudantes registrados Número de registrados para o programa de acesso à internet Número de registrados para o programa de empréstimo de computadores
CDS 50 33 34
CBS (Curitibanos) 64 48 21
CCB 58 36 32
CCJ 56 33 38
BLN (Blumenau) 67 36 40
CTS (Araranguá) 88 66 34
CTJ (Joinville) 92 61 43
CFM 104 66 61
Colégio de Aplicação 137 59 121
CCA 133 79 94
CED 163 105 104
CCS 215 146 120
CSE 214 128 148
CTC 223 148 121
CFH 237 146 157
CCE 243 146 162

 

UFSC na Mídia

A distribuição dos equipamentos foi noticiada nas emissoras locais de televisão. Confira o vídeo abaixo:

Bom Dia Santa Catarina NSC TV

 

Fonte: Site da UFSC

Publicado em: 24/08/2020 12:55  

CCA lança Conexão livre, espaço de conexão com a comunidade

28/07/2020 12:08

O Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC lançou mais um espaço de conexão com a comunidade: o espaço Conexão Livre. Integrantes da comunidade do CCA que tenham interesse em realizar lives sobre temas relacionados com a temática das Ciências Agrárias, podem fazer a transmissão pelo canal do YouTube do CCA, às  terças-feiras, das 17 às 18h. 

Os interessados devem enviar antecipadamente a solicitação do espaço para o e-mail comunicacao.cca@contato.ufsc.br com as informações sobre o evento, como também a arte para a divulgação que deve contar logo do programa.

A divulgação será feita pelas mídias do CCA e o código de transmissão do stream será enviado para o responsável do evento, que poderá fazer a configuração na plataforma de sua escolha.

A primeira Live do Espaço Conexão Livre no canal do YouTube do CCA tem o tema “Biotecnologia Vegetal: novos horizontes na conservação e produção sustentável”, com a participação da professora Rosete Pescador e o professor Marcos Stefanon (do CCA) e dos professores Paulo C. Poeta Fermino Júnior e Lírio Luiz Dal Vesco (do Campus Curitibanos).

Mais informações pelo e-mail comunicacao.cca@contato.ufsc.br

Fonte:Site UFSC

Festa Junina Científica Virtual fala sobre vinho e ensina a fazer quentão

24/07/2020 14:45

O tema do vídeo da Festa Junina Científica Virtual desta sexta, 24 de julho, é o vinho. Com apresentação de Erico Albuquerque dos Santos, doutorando do  Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas da UFSC e integrante do Núcleo de Estudos da Uva e do Vinho (Neuvin), o vídeo aborda os tipos de uvas que são usadas para a fabricação dos vinhos, bem como características e coloração da bebida. Antes, Erico ensina a fazer quentão de vinho, “para esquentar o coração nessa quarentena”.

Confira o vídeo na íntegra abaixo:

 

Sobre a Festa Junina Ciência Virtual

A ação, organizada pelos agentes de comunicação do Centro de Ciências Agrárias (CCA) junto à comunidade do centro, tem o objetivo de aproximar a universidade da sociedade, por meio de vídeos educativos que tenham potencial de atrair o público durante o período da tradicional festa nacional.

Fonte: Site UFSC

Milho verde e pipoca são temas de vídeo da Festa Junina Científica Virtual

24/07/2020 14:39

Milho verde e pipoca são temas de vídeo da Festa Junina Científica Virtual. Com Rosenilda de Souza e Francisco Wilson Reichert Júnior, doutora e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC (PPRGV), o vídeo aborda as pesquisas sobre milho doce e milho pipoca do extremo Oeste de Santa Catarina.

 

Além das informações científicas sobre esse importante alimento, o vídeo explica como ocorre a passagem do grão de milho ao floco de pipoca e ensina a preparar pipoca de micro-ondas sem uso de óleo. Confira o vídeo na íntegra abaixo:

 

Sobre a Festa Junina Ciência Virtual

A ação, organizada pelos agentes de comunicação do Centro de Ciências Agrárias (CCA) junto à comunidade do centro, tem o objetivo de aproximar a universidade da sociedade, por meio de vídeos educativos que tenham potencial de atrair o público durante o período da tradicional festa nacional.

 

Fonte: Site UFSC

Milho verde e pipoca são temas de vídeo da Festa Junina Científica Virtual

Laboratório de Moluscos Marinhos da UFSC mantém produção durante a pandemia

24/07/2020 14:35

Laboratório de Moluscos Marinhos Universidade Federal de Santa Catarina (LMM/UFSC) tem mantido suas atividades de produção de sementes de moluscos durante a pandemia. Para isso, as duas LMM, uma na Barra da Lagoa e outra no Sambaqui, realizam o trabalho de forma presencial, com apoio de uma equipe composta por professores, técnicos em Educação e trabalhadores terceirizados.

O LMM da Barra da Lagoa, localizado na Estação Marinha Elpídio Beltrame (EMEB) concentra a produção de formas jovens de moluscos com a realização de desovas, larviculturas e assentamento de sementes. São mantidos reprodutores de moluscos principalmente ostras e vieiras, que recebem alimentação diária para produzir gametas para produção de larvas. A alimentação é produzida no setor de microalgas mantida no laboratório. Todo o manejo de alimentação, troca de água e limpeza, é diário e de forma interrupta, mesmo nos finais de semana e feriados onde a equipe trabalha nestas ocasiões, em escala de plantão.

No LMM Sambaqui onde há a Unidade Demonstrativa de Maricultura (UDM) as atividades consistem no manejo de matrizes e reprodutores de moluscos bivalves (ostras e mexilhões) em área de cultivo marinha, manutenção de estruturas de cultivo (espinhéis, balsas, poitas, área de apoio de terra e embarcação de apoio), atividades administrativas ligadas á compra de insumos e equipamentos e planejamento para as atividades de manejo e manutenção já citadas.

Mais de 30 milhões de sementes produzidas

O resultado do esforço é a entrega de sementes para produtores de moluscos em diversos estados do Brasil, mas principalmente, em Santa Catarina. Durante o período de março, início da pandemia até os dias atuais foram atendidos 65 produtores de ostra do pacífico ou japonesa (Crassostrea gigas), 23 produtores de ostra nativa (Crassostrea gasar) e quatro produtores de vieira (Nodipecten nodosus).

Em números absolutos foram retirados pelos maricultores de ostra japonesa 28.331.000  de sementes. Produtores de ostra nativa adquiriram 2.240.000 sementes e  os de vieira 1.025.000 de sementes. O LMM comunica a disponibilidade de sementes de moluscos para comercialização na página do laboratório e na página principal da UFSC. A atividade é regulamentada pela Portaria Normativa 68/2016/GR e prorrogada pela Portaria Normativa Nº 367/2020/GR.

Com estes números o LMM atendeu os produtores de moluscos mesmo na situação de pandemia que atinge a economia e saúde mundial. Para o setor este insumo, sementes, é essencial para que a atividade continue para próximos anos e principalmente na próxima temporada de verão, época de maior comercialização e consumo deste produto. A UFSC, o Centro ed Ciências Agrárias (CCA) e o Departamento de Aquicultura (AQI) a agradecem a todos maricultores pela parceria e pelo esforço em produzir, ainda que em tempos de pandemia e ciclone.

Texto: Marcos Caivano Pedroso de Albuquerque (LMM/CCA/UFSC)

Fonte: Site UFSC

Laboratório de Moluscos Marinhos da UFSC mantém produção durante a pandemia

Nota de Pesar: falece Luiz Carlos Pinheiro Machado, o Pinheirão, professor aposentado do CCA

03/07/2020 12:25

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do professor aposentado Luiz Carlos Pinheiro Machado, o Pinheirão, na última quinta-feira, 2 de julho, dia em que completaria seus 92 anos. Professor adjunto do Centro de Ciências Agrárias, Pinheirão foi criador e professor da primeira disciplina de Etologia na América Latina.

Doutor em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luiz Carlos era professor catedrático aposentado de Zootecnia Especial da mesma instituição, professor titular aposentado de Produção Animal da UFSC, professor titular da Universidade Católica Argentina, professor convidado da Universidade de Buenos Aires e professor participante do curso de Agroecossistemas da UFSC.

Foi assessor superior do Programa de Melhoramento da Ovinocultura da Patagônia Chilena e em projetos de desenvolvimento agrícola no Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia e Paraguai. Em seu currículo consta ainda a presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na década de 1980. Também exerceu três mandatos como presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos. 

Ao todo, realizou 223 projetos de desenvolvimentos sustentável de produção animal, abrangendo mais de 100 mil hectares no Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Venezuela e Cuba. Foi ainda consultor internacional em agropecuária sustentável e participou da formação de profissionais para a produção agrícola limpa. Foi também o principal divulgador do Pastoreio Racional Voisin (PRV), tecnologia de alta produtividade de bovinos em pasto, difundida atualmente no Brasil e no exterior, garantindo melhor economicidade à agricultura familiar.

Em 2015, Pinheirão foi homenageado com a Medalha do Mérito do Sistema Confea/Crea e Mútua, e em 2013, com a Comenda do Legislativo Catarinense, entregue pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Em sua carreira, precisou lidar com a repressão dos tempos de ditadura, quando lecionava na UFRGS, e, em Santa Catarina atuou junto à Epagri (antiga Acaresc) para treinar técnicos sobre suinocultura, gado leiteiro e nutrição animal. Nos anos 60 publicou o livro Os Suínos que teve grande influência no setor agropecuário.

Segundo o professor Antônio Rosa, Pinheirão deixa um “legado de lutas contra as injustiças relacionadas às atividades agrícolas e às pessoas em geral”. “Sem dúvida será seguido por todos aqueles que têm nele, um referencial de dignidade”, lamentou.S

Seu filho, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, conhecido como Pinheirinho, também é professor da UFSC, no CCA, e atua na mesma área de pesquisa do pai, coordenando o Laboratório de Etologia Aplicada e Bem-Estar Animal (Leta).

O sepultamento do professor ocorreu na manhã desta sexta-feira, no hospital Santa Casa, em Porto Alegre. A família pretende realizar uma cerimônia de despedida virtual no domingo, 5 de julho, às 11h. A comunidade universitária, enlutada, solidariza-se com a família e amigos de Luiz Carlos Pinheiro Machado.

Fonte: Site UFSC